sábado, 21 de março de 2009

Poesia para Pais

Praia Grande, Ferragudo. Uma praia da minha vida. Carmo

De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.

Sophia de Mello Breyner Andersen

10 comentários:

Teresa disse...

Que engraçado Carmo, também a praia de Ferragudo faz parte de um capitulo particular da história da minha vida!!!

Sophia SEMPRE!

Carmo disse...

Somos assim...sempre em sintonia!

Turma C disse...

Até da minha faz parte, quantas vezes a minha mãe (Tia Cácá )me levou para esta belíssima praia ?
Quantas vezes enregelou a ver-me surfar? Apenas vou responder às minhas proprias perguntas com este poema dedicado não só à minha mãe mas como a todas aqulas que adoram verdadeiramente os seus filhos :

Ser mãe é desdobrar fibra por fibra
o coração! Ser mãe é ter no alheio
lábio que suga, o pedestal do seio,
onde a vida, onde o amor, cantando, vibra.


Ser mãe é ser um anjo que se libra
sobre um berço dormindo! É ser anseio,
é ser temeridade, é ser receio,
é ser força que os males equilibra!

Todo o bem que a mãe goza é bem do filho,
espelho em que se mira afortunada,
Luz que lhe põe nos olhos novo brilho!

Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso!

Por: Coelho Neto

Eu ainda não sou Pai mas não imagino uma coisa mais importante que os meu filhos.

"Sempre em frente, nunca para tras"
(Zé Maria)

Turma C disse...

Ups!enganei-me não estamos a falar da mesma praia grande, mas não importa o comentário anterior é válido na mesma (se trocarmos Praia Grande do Ferragudo por Praia Grande de Sintra)

Susete disse...

Zé Maria,
Que poema bonito para a sua mãe e para todas as mães e em especial para as do blogue.
Vai ser com toda a certeza um excelente Pai, não se preocupe!!!
Continue em frente e aproveite todos os momentos com a sua mãe querida.
Um beijo,
Susete

Carmo disse...

Zé Maria, gostei tanto do poema e gosto tanto, tanto de si.
"Sempre em frente, nunca para trás", "Don´t worry, be happy!" são as nossas canções.

A praia da fotografia não tem ondas mas também a conhece bem. No verão passado andou a passear com a mãe no barco pequenino, a motor, a toda a velocidade e a mãe sempre a dizer: devagar, devagar! Era esta praia.

Foi nesta praia que passei muitos verões com os avós, os tios e todos os amigos que os avós nos deixavam levar de férias. Passávamos o dia a nadar, a correr, a saltar e faziamos acrobacias. Uma vez fizemos uma torre humana: a tia Xica às minhas cavalitas, depois trepei pelo tio Zé e fiquei às cavalitas dele, o tio Zé que gostava de mostrar que era forte resolveu começar a andar e a torre desmorenou-se, a Avó Carmo tem as fotografias.
Tinhamos um barco a remos e enquanto o tio Zé nadava, a mãe ia a remar ao lado e a cantar: oh!oh! e uma garrafa de rum! É a canção do livro "Ilha do Tesouro" que os piratas cantam. E eu sentia-me uma perfeita pirata!

A quantidade de vezes que enregelei a ver os seus treinos não tem conta mas o prazer que isso me dá também não.
Tem razão: "Ser mãe é desdobrar fibra por fibra o coração!" e eu gosto de ser mãe.
Beijinhos da mãe

Teresa disse...

Que ternura, a troca de palavras escritas entre mãe e filho. Imagino o tamanho do mimo lá em casa ;-)!

De Ferragudo, guardo recordações de férias de verão de adolescente (apaixonada), também com direito a passeios de barquinho a remos e a magníficos serões na soberba varanda sobre o rio Arade, a vêr sair as traineiras que iam à pesca da sardinha! É fácil fechar os olhos sentir o cheiro da maresia e ouvir a gaivotas de Ferragudo! Voltei lá há pouco tempo (por terra e por mar), mais de duas décadas passadas, está tão diferente!

Mário disse...

Ser Mãe é ter filhos que lhe escrevem isto, porque sentem que o que lhes deu vale bem o que escrevem.

Ser Pai, Zé Maria, é ter filhos a quem dar amor, para que depois, um dia, assim saído do nada, lhe escrevam um comentário destes.

Francisca Prieto disse...

Meu querido Zé Maria,

A tia Xica também está à espera que o Manel domine o alfabeto um bocadito melhor para ver se se torna tão poeta como tu.

Quanto às férias de Ferragudo, bem me lembro da torre humana: eu cheia de medo lá em cima nas alturas. Sou eu que tenho essa foto. Vou procurá-la...

Para além das recordações magníficas da praia também tenho umas terríficas.

Estavamos na época em que não havia cancro de pele e a avó Carmo achava que qualquer Coppertone protecção 2 servia perfeitamente.
Apanhavamos uns escaldões monumentais e durante 2 dias ninguém se atrevia a ir à praia.
A alternativa era fazer um picnic no pinhal. Nós todos vermelhões deitados por cima de mantas e toalhas a gemer.

Outra recordação traumatizante é o velho "beuf a saisonné". Contexto: Pós 25 de Abril, escassez de mantimentos nos supermercados, 5 matulões para alimentar. Corta para: milhentas latas de "beuf a saisonné" (uma carne intragável que a avó Carmo jurava que era óptima)cozinhada numa espécie de empadão com arroz e monho branco. Blhaggggg....

Pior que isto só mesmo quando um amigo do tio Zé caçou um polvo e tivemos de jantar o dito. O polvo devia ter já uma certa idade e não era apropriado para uma dentição regular.

Tenho sadades destas férias com os manos todos...

Aproveita bem os teus, Zé!

Bjs

Carmo disse...

O "beauf" parecia carne de cão mas com o molho bechámel ficava uma iguaria!
O polvo, isso sim foi traumatizante, a mãe querida e económica como sempre, ficou muito agradecida ao Francisco e não deu tréguas a ninguém enquanto houve polvo.
Xica, a mãe nunca dizia não, quem aparecesse era sempre bemvindo, daí a célebre frase: Chega para todos!
A tradição continua seja no colégio ou em casa os amigos são sempre bemvindos e chega sempre para todos!!!

Pais, não se preocupem que o "Beauf" saiu do mercado, cá para nós deve ter sido a ASAE!!!