terça-feira, 30 de março de 2010

Poesia para Pais

Hoje voltei a tropeçar no Álvaro de Campos, não resisti, aqui fica.

Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.

2 comentários:

Mário disse...

"Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

Miguel Sousa Tavares, in "Não te deixarei morrer", David Crockett

Este Livro de MST tem textos de uma sensibilidade enorme, textos quase pungentes, que calam fundo na alma. Lembrei-me de o reler, depois de ter visto esta Entrada e relido o poema de Álvaro de Campos.
Recomendo-o a todos os leitores, desejando Boa Páscoa.

Claudia Conduto disse...

uma lufada de ar fresco... que bom! bjs :)