quarta-feira, 25 de junho de 2008

UM FILHO...

A Mãe do Mi mandou-nos a citação da semana do blogue do Esca

"Um filho é quem mais nos desabotoa o coração"

Eduardo Sá

Obrigada Mãe do Mi

4 comentários:

Mário disse...

Que dizer de cinco filhos? Para um só coração, mesmo que com duas aurículas e dois ventrículos?

Um filho vale tudo. Cinco valem tudo. Tanto tempo que perdemos com estupidezes, cretinices e com pessoas e coisas que não nos dizem nada.

Aos 52 anos, cinco filhos e quase dois netos depois, fica a reflexão: usar melhor o tempo, nunca achar demais o que lhes damos, e não termos medo de lhes dizer, cem mil vezes se for preciso, "adoro-te, amot-te, és a pessoa mais preciosa do mundo". Educando, ensinando, apontando caminhos, repreendendo, aplicando regras, gozando excepções.
Desabotoem o coração e deixem o mar de sangue e de amor sair, sem constrangimentos sociais ou do politicamente correcto. Digam aos vossos filhos que os amam. Abracem-nos só pelo prazer de abraçar, e não para negociar qualquer coisa, de uma ida para o banho a um bom comportamento no dentista.

Só assim eles aprenderão a respeitar-nos, e a que eles próprios, uma vez pais, respeitarão e merecerão respeito dos nossos netos.

Elisete disse...

Eu é que agradeço pela possibilidade de partilha deste Blogue!
Relativamente à citação, acho que ninguém fica indiferente porque é exactamente isso que sentimos, não é? Assim, como ninguém fica indiferente à reflexão supra!

Carmo disse...

"(...)cinco filhos e quase dois netos".
Fez-me lembrar a minha sábia, amiga e aventureira Avó Didi, que na sua égua, montada à amazona percorria as terras alentejanas em grandes galopes pelo prazer da velocidade.
Passaram-se muitos anos e depois de onze filhos e dúzias de netos (fui a oitava), um dia perguntei-lhe se gostava de mim, respondeu-me calmamente: Gosto muito de si, sabia que ser avó é como ser mãe duas vezes?! Fiquei tâo feliz!!!

Mário disse...

E mais filhos e mais netos.
Porque a transcendência de nós próprios se faz no dia-a-dia, mas também no que deixamos, através do ADN, nas gerações futuras.

Somos o agora, o tempo corrente é o nosso - ninguém está a morrer, todos estamos a viover, melhor ou pior, (mas voltaremos a este tema) - , mas somos o futuro, nos filhos que deixamos, nos netos que nos prolongam.

Aleluia! Un jour viendra, coleur d´un arc en ciel"!

Os filhos são o nosso prolongamento e a nossa raison d´être - sei que é difícil entender por outros, mas para nós é claro, não e?