terça-feira, 30 de setembro de 2008

A Expressão Plástica no Jardim de Infância

"As actividades de expressão plástica são de iniciativa da criança, que exterioriza imagens que anteriormente construiu. Tornam-se situações educativas quando implicam um forte envolvimento da criança, que se traduz pelo prazer e desejo de explorar e de realizar um trabalho que considera acabado.

Valorizar o processo de exploração e descoberta de diferentes possibilidades e materiais supõe que o educador estimule construtivamente o desejo de aperfeiçoar e de fazer melhor. Apoiar o processo inclui também uma exigência em termos de produto que deverá corresponder às capacidades e possibilidades das crianças, e à sua evolução."

In Orientações Curriculares para a Educação Pré- Escolar do Ministério da Educação

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Um grupo em perfeita sintonia!

Hoje durante a hora do repouso estive com os meninos que já não dormem a sesta.
Entrei na sala, a conversa e o burburinho era muito, mas era um barulho saudável.
Brincavam na casinha, vestidos com panos, xailes, saias e capas de super heróis, colares, aneís, pulseiras, cada um no seu papel. Ao passarem pelo espelho davam risadas e faziam caras conforme o papel que encarnavam, todos se queriam ver.
No tapete um grupo só de rapazes brincava com o lego e com os carrinhos. No cavalete duas crianças sentadas no banquinho da janela conversavam enquanto desenhavam a giz, fugi arrepiada! Numa mesa brincavam com os brinquedos de casa, noutra estavam a ver livros.

Santa Maria e Santa Teresinha juntos. Um grupo em perfeita sintonia!

Sentei-me, queria passar despercebida...durou pouco, não mais que 15 segundos:
- Tia Cacá olhe o meu desenho!
- E o meu, está giro?!
- Posso fazer um desenho?
- Sabe uma coisa?...
- Pode pôr na parede?


Que pena Picasso não estar lá para nos pintar.

Picasso: Claude dessinant, Françoise e Paloma.

Externato Santa Maria do Mar

Quando as crianças brincam

Quando as crianças brincam
Eu as oiço brincar.
Qualquer coisa em minha alma
se começa a alegrar.

E toda aquela infância
Que não tive me vem,
Numa onda de alegria
que não foi de ninguém.

Se quem fui é enigma
E quem serei visão,
Quem sou ao menos sinta
Isto no coração.


Fernando Pessoa, 1933

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Algumas Reflexões sobre o Desenvolvimento da Criança

"A criança desenvolve-se por etapas com características próprias, cada uma com um início e um fim bem marcado. O completo desenrolar de cada etapa depende do correcto desenvolvimento da etapa anterior e condiciona a etapa seguinte.

Cada fase de desenvolvimento permite que a fase imediata surja, mas não se consome nessa transformação: subordinada hierarquicamente, persiste toda a vida, como se de uma rocha sedimentar, em camadas se tratasse.

O desenvolvimento é um processo activo, em que a cada momento se defrontam as características inatas, o ambiente e um conjunto de experiências que se vão tornar parte integrante do património individual de cada criança."
Emílio Salgueiro*

As crianças surpreendem-nos todos os dias, não há um dia igual ao outro.
Todos dias há conversas, novidades, trabalho, tristezas, mimo e alegrias.
A criança que nos é próxima dá-se a conhecer, tanto na parte cognitiva como na parte afectiva e vai crescendo e passando pelas diferentes etapas de desenvolvimento.

A criança quer saber, conhecer, experimentar, controlar, apropriar-se, desde o momento em que nasce.

Cada etapa do desenvolvimento da criança vai permitir que esta o faça de um modo adaptado à realidade exterior, à existência do outro, à família e à escola.

Externato Santa Teresinha de Lisieux

*Comunicação apresentada no Encontro Nacional de Pediatria, 1979

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Hoje começou o Outono

Hoje começou o Outono.
O dia nasceu enevoado parecia que ía chover.
Lá se foram os dias quentes, claros e compridos, pensámos!
Mas mesmo no primeiro dia de outono o sol não se fez rogado e apareceu a brilhar, quente e forte como num dia de Verão.
Lembrámo-nos do poema de Cecília Meireles:

Ou isto ou aquilo

Ou se tem chuva e não se tem sol,
Ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel;
Ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,
Quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa
Estar ao mesmo tempo nos dois lugares!

Carmo

domingo, 21 de setembro de 2008

À porta do Santa Teresinha

Foi em Julho num dia de muito calor.
Íamos a sair do colégio e encontrámos as nossas antigas alunas, acabadinhas de chegar da praia.
Foi uma animação, todas a falar ao mesmo tempo...e a rir à gargalhada.
A Mãe Alvim sempre bem disposta organizou o grupo e tirou as fotografias.

E como prometido é devido aqui fica publicado no blogue o nosso encontro e a fotografia, claro!

Externato Santa Teresinha de Lisieux

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

" A Natureza e a Arte"

"Também as crianças gostam de desenhar as coisas que mais amam: a família, a sua casa, as flores e o sol (...). Algumas começam a sentir desde logo que é desenhando que se sentem felizes descobrindo-se a si mesmas e ao seu mundo interior."

(...) Maravilhoso vai ser descobrir que todos pertencemos a uma enorme família, a família Humana, onde cada um de nós é um ser único, que a si mesmo se vai construindo como quem constrói uma obra de arte. E, se soubermos crescer bem, protegendo o melhor desta nossa família e o melhor da Natureza, podemos levar longe este nosso destino comum."

in " A Natureza e a Arte" de Maria Deolinda Cerqueira Revista Pais & Filhos nº210

Externato Santa Maria do Mar

domingo, 14 de setembro de 2008

Vida de Um Colégio...

Passaram 15 dias após ao início do novo ano lectivo e já conseguimos perceber o que inspira e alimenta o Vidas de Colégio.

Depois das paredes brancas do fim do ano, que entristecem os olhos de quem passa e enchem de orgulho os olhos dos progenitores, no momento que recebem o “Livro" do seu pequeno, é altura de regalar a vista com os trabalhos do início do ano, que demonstram a alegria e a boa disposição que reina no colégio.

O desafio de dar cor àquelas paredes brancas é levado a sério pelos mais pequenos.



E, dando largas à sua imaginação, cada qual explora os materias e reproduz imagens que registou…

Ao fim do dia, nada melhor do que uma corrida no recreio com um lanche de piquenique para recuperar baterias.


Externato Santa Maria do Mar

sábado, 13 de setembro de 2008

O Valor do Vento

Praia do Guincho 13 de Setembro 2008

Está hoje um dia de vento e eu gosto do vento
O vento tem entrado nos meus versos de todas as maneiras e
só entram nos meus versos as coisas de que gosto
O vento das árvores o vento dos cabelos
o vento do inverno o vento do verão
O vento é o melhor veículo que conheço
Só ele traz o perfume das flores só ele traz
a música que jaz à beira-mar em agosto
Mas só hoje soube o verdadeiro valor do vento
O vento actualmente vale oitenta escudos
Partiu-se o vidro grande de janela do meu quarto.

Ruy Belo

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

No recreio...descansámos!

Trabalhámos a manhã toda afincadamente. Conversámos, escrevemos textos, fizemos desenhos e jogos, brincámos com as trapalhadas e na casinha.

A seguir ao almoço aproveitámos a sombra das árvores para um descanso bem merecido!


Externato Santa Maria do Mar

Pintura

Hoje estivemos a pintar!
Vestimos os aventais, arregaçámos as mangas e lançámo-nos ao trabalho.
Pintámos com o à vontade de quem está habituado a mexer em tintas e pinceís.

A Mãe
O Pai

Os Meninos da sala da Andreia
Externato Santa Teresinha de Lisieux

sábado, 6 de setembro de 2008

O Pardal no Fio


O pardal no fio
ouvia as conversas
de fio a pavio.
Nada o afastava:
nem o trovão,
nem o frio.
O que ouvia contava,
o que contava corria,
o que corria mudava
o que já se sabia.
O pardal recusou
a alpista,
arranjou uma lista
e fez-se telefonista.
José Jorge Letria

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

PLANTAR UMA FLORESTA

Quem planta uma floresta
planta uma festa.


Planta a música e os ninhos,
faz saltar os coelhinhos.


Planta o perfume das seivas e das flores,
solta borboletas de todas cores.


Planta abelhas, planta pinhões
e os piqueniques das excursões.

Planta a cama mais a mesa,
planta o calor da lareira acesa.

Planta a folha de papel,
a girafa do carrossel.

Planta barcos para navegar,
e a floresta flutua no mar.

Planta carroças para rodar:
muito a floresta vai transportar.

Planta bancos da avenida:
descansa a floresta de tanta corrida.

Planta um pião na mão de uma criança:
a floresta ri, rodopia e avança.

Luísa Ducla Soares

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Estamos de volta

Foi um dia em cheio!

Demos beijinhos e abraços grandes, muito grandes, daqueles de levantar os pés do chão.

Voltámos a brincar, a conversar e a rir juntos, até temos novos amigos!

O dia chegou ao fim... fiquei a pensar que a palavra saudade é mesmo única.

Carmo