terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Momentos

Durante o dia há também momentos de aprendizagem e desenvolvimento de competências.

Há um apelo à autonomia quando tentamos fazer um puzzle sózinhos e, por tentativa-erro começamos a ver o resultado final da imagem, orgulhosos do nosso feito. Quando, concentrados, procuramos a peça que melhor se encaixa e, persistentes resistimos à tentação de chamar um adulto para ajudar.

Há momentos em que brincamos juntos no tapete, mas cada um concentrado no seu objectivo. Momentos em que a motricidade fina se desenvolve mais do que a grossa, em que a nossa atenção e capacidade de memória estão a ser postas à prova em cada segundo.


Momentos em que partilhamos peças, espaço e saberes que se vão construindo nestas conquistas diárias. Momentos onde desenvolvemos o nosso pensamento lógico quando fazemos a torre mais alta ou quando contamos as peças de lego, à medida que encaixamos.

Estes momentos, que ocorrem durante o dia, são bons e muito importantes para nós. Ajudam-nos a CRESCER.

14 comentários:

Mário disse...

Pedes-me um momento,
Agarras as palavras,
Escondes-te no tempo
Porque o tempo tem asas.
Levas a cidade
Solta no cabelo,
Perdes-te comigo
Porque o mundo é um momento.


Pedro Abrunhosa


O mundo, a vida, os dias e nós próprios somos feitos de momentos, como a música: adagios, vivaces, allegros, pausas, scherzos, andantes. Por vezes harmónicos, mas também com algumas dissonâncias. Em acordes ou apenas "numa nota só".

Entre trilos e arpejos, calafrios e beijos, vivemos a solo ou em orquestra, em momentos. Que podem significar só por si. Que podem fazer parte de um puzzle. Mas que somos nós e a nossa memória, os nossos encantamentos e as nossas desilusões, os nossos sonhos, projectos e realidades.

É assim que se aprende, vivendo e reflectindo sobre cada momento - e criando mais e mais momentos - , um a um, uma após outro, até ao momento final.

Elisete disse...

Pai Mário,
Ainda não tive oportunidade de lhe responder: ainda bem que gostou dos bolos do Mi (por acaso a receita é da Avó da Sofia e do Tomé) e se ficou a aguar, qualquer dia destes, repetimos. São momentos muito bons aqueles que eu e o Miguel passamos na cozinha a fazer bolinhos e a conversar. Momentos que provavelmente o Mi vai guardar na memória tal como eu guardo os momentos passados com a minha Mãe e o meu Pai. Tenho esperanças que esse momentos lhe dêem forças para ultrapassar outros menos bons. Quantas vezes é a memória dos meus Pais que me faz erguer a cabeça, ignorar o supérfluo e seguir em frente …

Carmo disse...

Momentos de estar só, de concentração, de resolução de problemas, de vitória.

Momentos de crescer, de pensar, de executar, de agir e competir.

Momentos de tranquilidade e confiança, com a certeza que há alguém por perto que é um porto seguro.

Momentos de trabalho, felicidade e amizade.

Mário disse...

Elisete
Os bolinhos eram inacreditavelmente bons, mas o meu mal foi partilhá-los. Nestes casos, deveria ter dito, como os miúdos: "É meu, é meu, ´meu!".
PS. não estou a pedir mais... ou estarei? Mas desta vez "camuflados" para não serem "desviados"...

Vidas de Colégio disse...

Mamie Elisete

Atenção, este pai é muiiiiito guloso!

Beijinhos Carmo

Elisete disse...

O Pai cá de casa também é. Será uma característica dos Pais?!?

Mário disse...

desculpai, Madames, mas saborear os bolinhos "do Mi" não é uma questão de gulodice - isso, aprendi na catequese, é um pecado mortal Ou venial, ou lá o que seja). É uma obrigação de cidadão e de pessoa, de gastrónomo e de esteta, de apreciador da natureza e de humanófilo.

Mi: temos de ter uma conversa "a sós" (eventualmente com o teu Pai).

PS. agora para as madames: estou com sete quilos a mais: além da dieta limão, o que sugerem, para um preguiçoso e guloso como eu?

Carmo disse...

Dieta limão???
Temos milhares de limões, é a dieta ideal, uma oportunidade a não perder, claro que a dieta tem que ser acompanhada de exercício físico, como quem diz subir ao limoeiro mais alto.
O desafio é válido para todos os pais corajosos.

Elisete disse...

Acho que me candidato a subir às árvores para apanhar os limões pois tb preciso de perder 7 quilos. Mas quando começar a Primavera. Perdoem-me os amantes do Inverno mas eu nesta época do ano não vivo, sobrevivo.

Francisca Prieto disse...

Este colégio não tem emenda...começa-se a falar em momentos de aprendizagem e desenvolvimento de competências e logo no segundo comentário salta-se logo para o biscoito.

Imagino o que não irão comentar no post seguinte dos piu-pius - codernizes no forno?? passarinhos fritos?? Franguinho da Guia com batatonga à antiga??

Meu Deus...com pais assim não há dieta limão que valha!!!

P.S - Pai Mário, adorei a foto do seu mémé.
Já ouviu falar de cordeiro no espeto??
(desculpe, não resisti à graça gastronómica)

Mário disse...

Eu não gosto de comida - adoro!
Ainda por cima não sou nada esquisito: salgados, doces, queijinhos, chouriços e enchidos (com pão alentejano, mas também pode ser baguette, se é o que existe), um bom vinho, lareira, poesia, música, amigos, espaço/tempo nosso, uma musse de maracujá, um rosé fresco, um caril de gambas, uma ginjinha de Óbidos, o que for. Apenas rejeito couve-flor, arroz-doce, doce de vinagre e couves de Bruxelas. E nabo, a menos que muito disfarçado.

Ai um caril goês... com doce conevrsa, um Muralhas fresco, paparis e bojés com orvém, alternadamente um vindalho...

Volto à Água das Pedras, ao Limão e à dieta-Tóia - a melhor do mercado!

Bom fim de semana a todos e aproveitem: ontem estava vivo, agora também, amanhã ou daqui a bocado? Quem sabe.

A lareira está bem forte e Katie Melua saltita no meu leitor de CDs. Vidas de Colégio? Acho que sim, cada vez mais...

PS: a palavra-chave é immersor, o que quer dizer que amanhã teremos chuva!

Francisca Prieto disse...

Não me fale em poesia!
Estive ontem a dar explicações à Carminho sobre Fernando Pessoa ortónimo e fiquei deprimida.

- Primeiro porque, em versão ortónima, Fernando Pessoa era um existencialista deprimido sempre a querer fugir do seu ser. Confesso que a partir da análise do décimo poema comecei a ficar com pena dele.

- Depois porque lá lhe expliquei a lógica de cada poema, as metáforas utilizadas, os recursos estilisticos e etc. E ela a ficar entusiasmada "ó tia, eu não percebia nada do que cá estava escrito e agora até acho que os poemas são mesmo giros" e eu a ficar toda inchada numa atitude paternalista "sabes, é preciso saber contextuar, saber quem ele era, como foi a sua vida. E é preciso já ter passado por sentimentos semelhantes para nos identificarmos, ter experiência de vida, etc e tal".
E zumbas, quando pensávamos que o trabalho estava a ser produtivo, chegámos às perguntas do Manual Escolar do 12º ano e eu não conseguia sequer perceber o que estavam a perguntar.

Digamos que tive apenas uns breves minutos de glória...

E sempre estou para ver a nota que ela vai ter no teste.

Quanto aos petiscos, também sou adepta e das grandes. Mas tenho de me queixar que, mesmo com muito proveito, a fama excede a realidade.
É típico de todos os meus irmãos (tia Cácá inclusivé)chegarem cá a casa, porem-se a abrir os armários e o frigorífico e insultarem-me ("és mesmo gorda, só tu é que tens bolachas de chocolate e pacotes de batatas fritas em casa") enquanto abrem os ditos e esvaziam celeramente o conteúdo.
No fim, rematam com um invariável "por tua culpa estou morta de enjoada".

A palavra chave é "genon" - o que em francês quererá certamente dizer "je, non!".

e o e.mail é gmail ponto com (por falar em comer!).

Carmo disse...

Maria Francisca, em vez de contares as minhas fraquezas no blog do colégio, bem podias era pôr o desenho que te pedi no meu quadradinho.

Sim, e se dás explicações de português à minha própria filha é porque trabalho "muito" em prole da comunidade educativa alfacinha.

Mana, fala a experiência começa sempre por ir ler os manuais.

Bem, compreende-se essa tua pequena imaturidade afinal o Manel está no 1º ano, mesmo assim dúvido que se ele tiver alguma dúvida a matemática (não é rapaz disso)o consigas ajudar. Vou-te dizer um segredo, manda-o à Avó Carmo e ao Avô Zé que sabem sempre tudo.

Lembras-te quando há uns anos no Natal com a mãe e o pai a jogar Trivial, em equipas opostas, a equipa do pai ganhou sem nos deixar jogar nem uma vez, porque quando o pai não sabia, a mãe não aguentava e respondia por ele? e riam, riam, riam, ficámos todos furiosos e os pais abraçados a rir às gargalhadas.
E assim, a rir já fizeram as bodas de ouro!

Francisca Prieto disse...

Pronto! A tua serva esteve meia hora a lutar com o google, mas já terás uma face no teu próximo comentário!

Começo a achar que devia estar nomeada na secção "Colaboração" (quando apresentam a equipa do colégio). Para além de :

- João Vasconcelos: gestão financeira

e

- João Guerreiro: Psicólogo

apareceria:

- Francisca Prieto: Diversos (excepto fraldas).