domingo, 4 de janeiro de 2009

Uma definição de auto-estima

Cada criança constrói uma ideia de si própria e, ao longo das suas experiências, encontra uma imagem que varia consideravelmente com o tempo. Normalmente a auto-estima é definida como um sentimento favorável, nascido de opinião que a criança tem do seu próprio valor e mérito.
Esse valor apela à confiança da criança na sua eficácia.
" A auto-estima é a avaliação positiva que a pessoa faz de si, fundada na consciência do seu próprio valor e da sua importância inalienável enquanto ser humano. Uma pessoa que se estima trata-se com afabilidade e sente-se digna de ser amada e de ser feliz.

A auto-estima funda-se igualmente no sentimento de segurança que dá a certeza de se poder utilizar o livre-arbitro e as faculdades de aprendizagem para enfrentar, de forma responsável e eficaz, os acontecimentos e os desafios da vida." (De Saint Paul, 1999.)
A auto-estima favorece o respeito por si próprio, o sentido de dignidade, a convicção de se poder ser amado e feliz e de o merecer simplesmente por ser um ser humano.

6 comentários:

Mário disse...

Uma provocaçãozinha (para mostrar que esta faceta não ficou em 2008): a auto-estima, por si, não é passaporte para a felicidade, e pode ser até génese das coisas mais terríveis: todos os ditadores, mafiosos e torcionários têm uma desmedida auto-estima. Acham-se os maiores e que, daí, tudo lhes é devido, como (embora apenas aparentemente) os narcísicos.

Fico à espera do debate...
Bom Ano!

Carmo disse...

Narcísicos, egocêntricos megalómanos, mitómanos, psicopatas e sociopatas, pois claro!

Estávamos só a falar de coisas boas, bonitas, lindas... das crianças e das suas conquistas e nos adultos fantástiscos e beneméritos em que se vão tornar.

Amanhã debatemos a inteligência emocional,sempre é mais divertido!

Bom Ano!

Francisca Prieto disse...

Pois eu, que nunca tinha lido assim no papel (ou melhor, no ecrã) uma definição de auto estima, fiquei radiante por saber que a minha está em alta.

É que acho mesmo, lá das profundezas das minhas convicções, que mereço ser amada, feliz e ter direito a um monte coisas boas.

A Inteligência Emocional também é um tema que me agrada. Tendo sido sempre uma nulidade a matemática, esta modernice de haver uma inteligência emocional sempre lava a honra do convento.

Para todos um abraço da narcísica
Tia Xica

Mário disse...

Calma, gente.
Eu subscrevo vompletamente que é necessária uma excelente auto-estima, auto-imagem e auto-conceito. O que é também preciso é o desenvolvimento do respeito pelos outros, empatia, percepção dos fenómenos sociais, solidariedade e sentir que a felicidade dos outros é parte sine qua non para a nossa felicidade... e consequente auto-estima.

Mas este tema dava pano para mangas, como o próximo que está anunciado,

joaninha disse...

Queridos amigos!

Deixo-vos um conto para aumentar a auto-estima. Como contadora de histórias não saberia fazer outra coisa.
Este conto antigo foi-me contado à hora do almoço pelo Rui (meu marido).
Escorregou do coração dele direitinho para o meu.
Fará certamente parte do meu património interior.
Joaninha

Riqueza, Sucesso e Amor

Uma mulher regava o jardim da sua casa e viu três idosos, com os seus anos de experiência, em frente do seu jardim.
Ela não os conhecia e disse-lhes:
- Penso que não vos conheço, mas devem ter fome. Por favor entrem na minha casa para que comam algo.
Eles perguntaram:
- O homem da casa está ?
- Não, respondeu ela, não está.
- Então não podemos entrar, disseram eles.
Ao entardecer, quando o marido chegou, ela contou-lhe o sucedido.
- Então diz-lhes que já cheguei e convida-os a entrar.
A mulher saiu e convidou os homens a entrar na sua casa.
- Não podemos entrar numa casa os três juntos, explicaram os velhos.
- Porquê?, quis saber ela.
Um dos homens apontou para outro dos seus amigos e explicou:
- O nome dele é Riqueza.
Depois apontou para o outro.
- O nome dele é Sucesso e eu chamo-me Amor. Agora vai para dentro e decide com o teu marido qual de nós três desejam convidar para a vossa casa.
A mulher entrou em casa e contou ao seu marido o que eles lhe disseram.
O homem ficou muito feliz: Que bom !
- Já que é assim então convidemos a Riqueza, que entre e encha a nossa casa.
A sua esposa não estava de acordo:
- Querido, porque não convidamos o Sucesso?
A filha do casal estava a escutar noutra divisão da casa e veio a correr.
- Não seria melhor convidar o Amor ? O nosso lar ficaria então cheio de amor.
Escutemos o conselho da nossa filha, disse o homem à sua mulher.
- Vai lá fora e convida o Amor para que seja nosso hóspede.
A esposa saiu e perguntou-lhes:
- Qual de vocês é o Amor? Por favor entre e seja o nosso convidado.
O Amor levantou-se da sua cadeira e começou a avançar para a casa. Os outros dois também se levantaram e seguiram-no. Surpreendida, a mulher perguntou à Riqueza e ao Sucesso:
- Eu só convidei o Amor, porque vêm vocês também ?
Os homens responderam juntos:
- Se tivesses convidado a Riqueza ou o Sucesso os outros dois permaneceriam cá fora, mas já que convidaste o Amor, aonde ele vá, nós vamos com ele.
Porque onde houver amor, há também Riqueza e Sucesso.

Bem dito e louvado
O conto está contado.

Carmo disse...

Estou a ver, aí em casa não há só uma contadora de histórias, mas dois!
E sem contar com a Maria que segue as pegadas da Mãe.

Obrigada por uma história tão bonita.
Um beijinho grande para todos