segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

"Não faz mal ser diferente", seguido de um Tema de Debate

Aqui fica uma sugestão de leitura que, admito, tratar-se-á de uma referência conhecida para alguns pais e educadoras! O livro integra o Plano Nacional de Leitura com a indicação:
"Livro recomendado para o jardim de infância, destinado a ler em voz alta/contar/ trabalhar na sala de aula".

No livro pode ler-se, entre outras coisas: "Não faz mal ter diferentes tipos de amigos. Não faz mal pedir um desejo. Não faz mal ser-se diferente. Tu és Especial e Importante só por seres quem tu és."

O autor, de uma forma muito simples, dismistifica alguns mitos e tabus da educação "à antiga" (no pior sentido da expressão), e desafia-nos a pensar num tema de debate que gostaria de levantar no nosso blogue:

Educação autoritária vs. educar com autoridade. Onde acabará uma (educação autoritária), e até que ponto estaremos dispostos a assumir a outra (educar com autoridade)?

Em linguagem futebolística "está dado pontapé de saída". Iniciemos então o debate!

João Guerreiro

3 comentários:

Teresa disse...

Sem entrar propriamente em debate, mas reforçando a diferença entre o autoritarismo associado à educação de massas e à manifestação de poder e a autoridade, pressupondo nesta ultima uma acção mais direcionada a cada um como individuo, deixo este Link que nos apresenta um texto bem curioso e que me deixou a pensar:
http://edutica.blogspot.com/2008/01/um-hino-ao-anti-pensamento-nico.html

Ana Bagão disse...

João,
Quando vi este livro de Todd Parr lembrei-me de imediato de um outro do mesmo autor que se chama «O Livro da Família», que já li aos meninos e sobre o qual já trabalhámos na sala. Fala em «diversas formas de ser uma família. A tua família é especial, seja qual for o tipo!»

Isto é o mais importante quando falamos de educação. Amor incondicional é o que queremos dar aos nossos filhos (e aqui falo como mãe). Queremos que sejam felizes e que cresçam com segurança. Mas esta felicidade também se constrói com limites. Eles precisam de saber com o que podem contar. Precisam de pais que sejam PAIS e que os ajudem a perceber quais são os limites. Que lhes digam, às vezes «não» e outras vezes «não, porque…».

Mas o mais importante é que cada família consiga encontrar um justo equilíbrio entre proximidade e respeito mútuo, em que cada um tem o seu papel e onde se estabelecem os limites a partir dos quais se desvanece um relacionamento harmonioso entre todos os seu membros.

Neste “jogo de equilíbrios” os pais não podem abdicar da sua autoridade, aqui entendida como uma ferramenta que vai ao encontra da velha máxima de Brazelton «Só disciplina quem ama».

Carmo disse...

"Só disciplina quem ama" e sabe que é amado(acrescento eu).
Em óptimas relações entre pais e filhos é claro para todos que existem limites e regras que funcionam como agentes reguladores da socialização.
O modo equilibrado e saudável como decorre este processo, através do qual nasce e se desenvolve a personalidade da criança em relação ao meio social envolvente é fundamental.
Limites e regras, protectoras da saúde e da integridade fisica, levam a uma formação pessoal e social baseada na compreensão e aceitação do outro, levam à harmonia e ao bem estar da família.
Educar com autoridade poderá apenas dizer que tem de haver firmeza nas acções e decisões que os pais tomam em relação aos seus filhos.
Se algumas questões devem ser conversadas e até negociadas, outras são reguladas pela autoridade natural dos pais e pelo respeito e amor que pais e filhos sentem uns pelos outros.
Educação autoritária, seja em casa com os pais ou no colégio com as educadoras, espero com toda a franqueza que esteja em vias de extinção.
Mãe, vou espreitar o blog, fiquei curiosa.