Para melhor festejarmos o Dia de Todos os Santos, e fazendo de algum modo renascer uma tradição antiga, lembrámo-nos de vivenciar o Pão-por-Deus, costume antigo em que as pessoas iam de porta em porta pedir bens alimentícios. No final do dia juntavam tudo e repartiam entre eles.
Nós combinámos tudo em segredo. Primeiro preparámos a massa das areias;
Depois, moldámos as bolinhas uma a uma...
Quando vimos o resultado, percebemos que é mesmo díficil cozinhá-las. Umas saíram mais claras e outras mais queimadinhas... Mas logo se arranjou uma solução : "Damos as mais claras aos outros meninos e nós comemos as queimadinhas" (João Pinto). Todos concordámos!
Com as vozes bem ensaiadas fomos, de sala em sala, dizer a cantilena que tínhamos aprendido:
"Bolinhos bolinhos
Para mim e para vós!
Truz, truz, truz!
Meninos que estão aí dentro
Sentados num banquinho
Fazem o favor de se levantarem
Para virem comer um bolinho!"
..., e distribuir as areias.
A sugestão deixada foi seguida a preceito. Afinal todos gostaram!
(Para a próxima ficam melhores!!)
6 comentários:
Ah ah!!! Mas eu provei e estavam boas... :D
E como já tinha dito, os meus meninos gostaram:
"Pois os meninos da minha sala gostaram muito dos bolos! Como os meninos da Ana disseram, dei um a cada um! Mas quando os tentaram trincar olharam para mim como quem diz "este bolo não está assim muito bom de se comer"! Mas o que é certo é que ninguém me devolveu o bolo. Cada um, à sua maneira, descobriu uma forma de comer o bolo e devo dizer que no final do lanche nem migalhinhas de bolo havia. E ainda houve quem tivesse pedido mais!!
Obrigada ao meninos da sala da Ana pelo petisco...
ah... e eu também provei um bolo e devo dizer que o meu não estava assim muito duro, e que o sabor era simplesmente fantástico..."
É bom não deixarmos morrer aquilo que é tradicional, o que nos pertence, as nossas raízes!! Ainda me lembro de pedir pão por Deus na minha terra (Cabeção-Alentejo). Íamos de porta em porta pedir o pão por Deus (é pena já não me recordar da ladainha que usávamos) e as pessoas geralmente davam-nos moedinhas, laranjas, doces, frascos de mel... enfim, dependia de quem dava e do que tinha para dar! Mas era sem dúvida uma forma de unir as crianças de uma terra com os mais antigos.
Beijinhos,
Maria da Viola
Parece que a malapata das Areias toca a todos! Neste fim de semana preparavamo-nos para fazer mais, mas o sol resolveu estar presente e os "pequenos monstros", digo, "pequenos ajudantes" preferiram (e muito bem) andar a brincar no espaço exterior.
Quanto ao Pão-por-Deus, lá andaram, no sábado, numa pequena aldeia a norte de Lisboa, percorrendo as ruas e tocando às portas. Infelizmente, foram mais os chocolates e chupas que trouxeram nos sacos do que bolos de festa ou broas -a "plastificação" chega a todo o lado, mas esta tradição mantém-se - quase que me atrevia a dizer que se recupera cada vez mais. Se for assim, estamos no caminho certo.
A Madalena adorou e eu fiquei com pena de não provar um bolinho mesmo durinho ...só um.
Falando a sério acho muito importante mantermos as tradições e memórias familiares que temos. São essas que nos fazem sentir humanos vivendo com uma identidade própria mas sentindo que estamos enquadrados num grupo familiar.
Que grande iniciativa. Parabéns!
Estavam bons!! Comi dois hehehe
Que inveja Mocas.
Bjs,
Susete
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