sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Histórias: realidade ou fantasia?

Os meninos da sala da Ana foram à procura de uma imagem, escolheram a que gostaram mais, depois colaram-na numa folha que já tinham pintado e criaram uma história a partir da imagem.
A imaginação não tem limites!










O resultado foram estes trabalhos tão criativos que merecem uma visita à sala.

2 comentários:

Mário disse...

No tempo em que os animais falavam, ou mesmo já depois de inventada a escrita, as gerações transmitiam a sabedoria umas às outras através de histórias, para que a verdade fosse mais doce, e para que a a alegoria deixasse uma impressão mais intensa e duradoura.

A crueza dos factos perturba a interiorização, veja-se o que acontece com a abertura dos noticiários televisivos.

A "caixinha mágica" e muitas outras coisas (não é um juízo de valor sobre ela, note-se, porque tem ainda um botãozinho para desligar) fizeram com que a passagem de sabedoria seja cada vez menor. E que cada vez se dê menor importância a ela, tão atentos que estamos no fenómeno "informação".

"Estás informado?" - perguntamos. mas o que deveríamos averiguar mais era a sabedoria, o conhecimento, a ponderação sobre os assuntos.

As histórias permitem reflectir sobre a realidade, utilizando a fantasia. Não há linguagem melhor para as crianças, nem melhor forma de ensinar e aprender. E até de detectar medos, idiossincrasias, temperamentos e tanta outra coisa.

O "Presuntino", cá em casa, é um menino real, que mora aqui, e dorme ao lado deles. Faz asneiras e quer sempre viver com monstros ou bruxas, que todos fiquem maus mas percebe que a maldade dos outros se volta contra ele, que se pendura nos armários e eles caem, que pretende assustar a irmã escondendo-se no guarda-vestidos do pai e acaba por ter medo dele próprio quando sai com um casacão em cima e se vê ao espelho... existe como pessoa, assim com a Menina Pescadinha e o Bebé Litos, que de quando em quando aparecem.

Mas há melhor do que estar a contar histórias antesw de dormir?
Telenovelas? Futebol? Notícias (sempre as mesmas, que se podem saber de meia em meia hora ou na net)? Poupem-me.

Se somos pais "quase ausentes" é porque QUEREMOS. E não se pode morrer de duas mortes. Essa fantasia não cola com a realidade - já era altura de percebermos isso, não era? Até porque ressuscitamos muito do que, no nosso inconsciente está, da criança que fomos.

Desliguem a televisão "cum caraças"!

Francisca Prieto disse...

Pronto! Não resisto a falar do velho senhor Gadafúlio.
O senhor Gadafúlio vivia no sotão da nossa casa da Rua de S. Domingos. Era rezingão, mal humorado e detestava crianças.
Fazia ruídos suspeitos quando ia à casa de banho e gargarejava com elixires mal cheirosos.
Assim que se ouviam os seus passos no patamar do segundo andar...ala que se faz tarde! Toca a dar corda aos sapatos.
E o que é certo é que éramos tão rápidos que nem nunca o chegámos a conhecer!