terça-feira, 7 de outubro de 2008

O Prazer da leitura

Para que as crianças e os adultos retirem prazer de ver um livro ou contar uma história, os livros devem ser apelativos e estarem de acordo com o nível etário das crianças a que se destinam.
As boas ilustrações ajudam a desenvolver a sensibilidade estética, despertam o interesse e uma curiosidade acrescida.
As crianças mesmo muito novas reconhecem os animais, os frutos ou os objectos nomeiam-nos e apontam satisfeitas para o livro com o dedo bem esticado.
Fazem a leitura da imagem mesmo antes de saberem verbalizar o nome convencional do que vêem.
Dão um nome à imagem e contam-nos uma história com o mesmo à vontade de uma criança que já sabe ler.

Ler é um prazer

Talvez um dia os nossos meninos pensem como Proust, "Não há talvez dias da nossa infância que tenhamos tão intensamente vivido como aqueles que julgámos passar sem tê-los vivido, aqueles que passámos com um livro preferido."


Externato Santa Maria do Mar

6 comentários:

Mário disse...

Há que separar, cada vez mais, a informação da leitura. A primeira vinha por meios parecidos - os livros. Agora, está ao dispôr nas mais variadas formas de comunicação teconológica, e ainda bem.

Quanto á leitura, vista como espaço de regresso às velocidades humanas, com o tempo gerido à nossa própria escala , com vagar, lazer, relax, folheando, cheirando, sentindo, revendo, fechando os olhos para melhor imaginar os sentimentos ou as descrições, essa nunca poderá ser feita em ecrã.

Ler vai passar a ser um privilégio dos autores lidos, e um espaço de memória humana e de prazer único. Mas para isso é preciso insistir, insistir, insistir, porque é uma Arte tão maravilhosa quanto difícil de aprender, face ao "pronto a comer" das televisões ou das consolas.

Mas eu sou suspeito, porque a única coisa que carrego comigo, de poiso em poiso, ao longo da vida, são os meus CDs e os meus livros (e os meus filhos por supuesto, e alguns amigos e memórias). O resto é paisagem!

Mário disse...

desculpem as trocas de "á" e à" - a culpa é, desta vez, de facto, do teclado...

Teresa disse...

É com enorme satisfação que vejo os meus dois filhos, cada um à sua maneira retirar tanto prazer da leitura. O Francisco, nos seus 7 anos e tão fértil em curiosidade, devora livros em busca de conhecimento (enciclopédias sobre o corpo humano, atlas do mundo, etc.) enquanto o Tiago, com 4, o gosta de “copiar” lendo à sua maneira, ou seja, inventando histórias que a vida e as imagens que vai vendo, lhe sugerem.
Acredito que estas duas abordagens tão diferentes à leitura, nos meus filhos, não tem só a ver com a idade mas também muito a ver a natureza de cada um, e que um dia, se vão complementar, para grande riqueza dos dois (e naturalmente minha também)!

Mário disse...

Teresa
cada vez mais me convenço que o Mundo da Leitura será, no futuro (e talvez já no presente), o mundo privilegiado para refúgio e descanso, num dia-a-dia que tenderá a ser ainda mais rápido e intranquilo.

Cada um lê á sua maneira, como o seu relato demonstra, mas tenho a certeza de que ambos os seus filhos, ao lerem, estão sossegados, quase ensimesmados, mas curiosos, contentes e... felizes .

(e nós também, porque precisamos de um descansozinho de vez em quando!)

Teresa disse...

É verdade!

E olhe que já reparei que o Francisco, criança irrequieta e/ou tão inquieta que é, está a descobrir no prazer da leitura (que por enquanto ainda é só motivada pela curiosidade)isso mesmo!!

Carmo disse...

Olá Mãe,
Já viu o último trabalho da sala, ainda não deve estar exposto, ontem mostrei aos pais e avós que foram chegando da parte da tarde, claro que com os entusiasmos do Tiago não consegui mostrar ao avô. A Ana lançou o desfio, a partir de uma imagem escolhida por eles que recortaram e colaram numa folha que já tinham pintado antes, contaram uma pequena história alusiva à imagem que tinham escolhido, o resultado foi espantoso!